Cadeirão de Papel

Alexandre Costa

Textos

OLHOS LARGOS


Não sei de olhar estrito, estreito
Nem de olhar de olhos ocos, sem largura
E mesmo de membranas cosedura
Procuro ver além do que é conceito

Se vejo tudo em mim sem uma altura
Porque hei-de olhar o fora noutro jeito?
Ver tanto, em pouco, não será defeito
Mas sim ver tudo, livre de costura!

Cerrar olhos talvez mostre 'inda mais
Que é por vontade e não por ideais
Talvez veja melhor no lusco-fusco...

Que a luz inventada só me cega
Ou distorce a imagem que me rega
E ofusca a verdade que eu busco!



03-05-2024


AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 03/05/2024
Alterado em 06/05/2024
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