Cadeirão de Papel

Alexandre Costa

Textos

FRIO DESVARIO!

Há propósitos brancos, desmedidos,
Nestas mãos, a correr-te pelo brio,
Que esgaçam, na tua pele, um cubo frio
A tremer-te e eriçar-te os sentidos!

É clara a compaixão e o meu delírio
Nestes olhos que fulgem, prometidos,
Ao clamor, indolor, dos teus gemidos
Que, de dor, só te dói o desvario...

É do gelo a tua súplica, implosiva
E cravas-me a ti pela explosiva,
No rogo pela morte de paixão...

Já acesos, somos lume ao rastilho,
A correr p'las entranhas e, do brilho,
Nos morremos escombrados p'lo chão!



11-04-2024


AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 11/04/2024
Alterado em 11/04/2024
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