Cadeirão de Papel

Alexandre Costa

Textos

MINHA EOS




Pudesse ser de vós a vida inteira
Musa da noite-dia, tal como a aurora,
O vosso encanto cega a toda a hora,
Estes olhos meus, com a luz primeira!

Cuidai que em mim vós sois a mão que chora
E faz surgir à luz a alma guerreira
Vontade inata e tão crua lapiseira
Como corcel fugindo ao breu sem 'spora

Aqui me tendes, oh luz que inebria!
Vosso servo sou e não, nunca, saberia
Dar voz às vozes qu'eu tenho cá dentro,

Se vossa luz não fosse estrela guia
A despontar seus raios, criar magia,
Que verto num papiro e lanço ao tempo!






17-02-2024





AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 17/02/2024
Alterado em 17/02/2024
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