Cadeirão de Papel

Alexandre Costa

Textos

AMOR PRÓPRIO




Não sou a pobre alma que destila
Lamúrias, em gotas à condição,
Esse sal, junto ao rio que desfila,
Como cortejo triste de aflição...

Não sou do porte estreito que vacila
Que lança súplicas em contramão...
É fútil ser pedincha que ventila,
Usando como ar tal humilhação!

Se a meta é cair em graças no desfecho
E ter o bom retorno do entrecho,
Importa que me mostre bem seguro!

Surjo assim sempre em pé, já que levanto,
Tanto a alma como o corpo, se me espanto,
Para chegar inteiro ao que procuro!




2024-02-15




AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 15/02/2024
Alterado em 15/02/2024
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