Cadeirão de Papel

Alexandre Costa

Textos

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Eis-me aqui d'alma aberta e sem patranhas!
Qual pregão nos beiços de altifalantes,
Cuspindo mil centelhas das entranhas
P'ra rumos tão dispersos nos quadrantes...

Se acaso brilhos tais causem brasume,
Num qualquer peito aberto e destemido
Que grite à desgarrada, lá do cume
Onde meus olhos vejam seu sentido!

E o tempo dirá, se escrito na sorte,
Se vem nas horas (bem antes da morte!)
O fogo intenso e gémeo, a mesma calma!

Senão, irei além do que é o meu tempo...
Gritando aos confins do firmamento:
- Espero outro existir... a mesma alma!




2020-10-26






AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 26/10/2020
Alterado em 20/02/2024
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