CEDÊNCIA Na soez rua de pele rude e nevoenta Correm chiascos de poderosos gumes E a alma nua, achada em tais volumes Se deixa ao corte frio, não desatenta... A cada golpe dado, a veia sangra O visco atroz, fluído de ser palavra e vai tonando a terra onde se lavra, Crendo fazer segura a sua angra. Talvez 'sperando toas para amarra, Dessas qu' inda nao vê, nem vê a barra... Lá pousa, parcos de ancora, os navios! Extrema, dá o mote à tempestade... Sem aviso, a obra feita p'la vontade, Cede ao tempo o amor sem corrupios! 2018-01-28 AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 28/01/2018
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