ESPECTRO Algo me diz que sou diferente Que em mim há um sentir denunciado... Olhando o espelho, à minha frente, Não sou o mesmo ante o achado! Vejo-me! O semblante é como de gente! Mas, dentro, sinto outro ser demarcado, Um fluxo que me escorre em corrente E se esparrama em negro abotoado. Haja, então, quem ouse dar-lhe a cor, Quem lhe dê vida nova ao seu sabor Correndo livremente o meu reduto! Haja quem ouse abrir, co' olhos de lanho, Um rasgo fundo e puro, sem ser canho, E tome o que foi meu em absoluto! 2015-10-05 AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 05/10/2015
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