AS TUAS MÂOS...
Olho as tuas mãos
Tão dóceis e refinadas Tão suaves e delicadas Como que fossem cetim! Trago-as a mim… Pelas trilhas do meu rosto Num leve encosto E deixo-as marear naturalmente... Deixo-as assim Sentindo cada dedo que me toca Cada deslize brando que retoca E qual motim Se ergue instantaneamente Na minha pele que, dormente, Exige novamente Esse festim... Que mãos de fada! Que toque fresco! Em cada pé-de-vento Eu me refresco! Que doces passagens Em rotas certeiras Em premeditadas viagens Que despertam os sensores! Que mãos justiceiras Que incitam a rebeldia Do meu manto que todo se alia Nas suas esteiras... Que mãos tão seguras Lidando a vida que passa Sem quaisquer cesuras Se mostram na sua graça Na sorte e na desgraça... Que mãos tão maduras! Que mãos as tuas! Que mãos tão firmes Não acusam a vida O desgaste da lida Que mãos sublimes!
AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 21/02/2013
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |