Popó de Talco
aí esta bem lavadinho
quase roça a perfeição
mas ainda falta o paninho
a puxar o brilhozinho
que o dono quer atenção
não pode haver impureza
a macular a pintura
há que polir a beleza
escravo é de certeza
fachada ou alma insegura
bibelot de quatro rodas
já rola de extremo brio
ocupa as larguras todas
às ruas que são das modas
com braço de fora ao frio
mas brilho de parar brisa
tem sempre algum senão
a luz do sol enfatiza
quaisquer olhos martiriza
tamanho é o clarão
talvez pela mesma razão
a passarada que gravita
em tamanha confusão
lança misseis de aflição
e borra-lhe a escrita
lá vai de volta o fulano
desolado com o cocó
de água, um oceano
e mãos à obra no pano
a rebrilhar o popó
22-08-2025
AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 22/08/2025
Alterado em 22/08/2025
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