Sem m(Ar)gens
que ninguém pesque deste abismo
nem com anzol
de iscas torneadas e cabelos até às escamas
nem com redes
olhos contrafeitos
lavados no colírio dos vislumbres
deste mar
onde fundeiam as asas
o alimento é de ficar...
come-se, saboreia-se, digere-se
até ao perder o fôlego
num refluxo libertador
a permissão é de fixar âncora
contando que nadem até ao princípio
antes do livro fechar
permanecer, por vontade
será assumir que a vida não tem margens
17-02-2025
AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 17/02/2025
Alterado em 17/02/2025
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