Dos Filhos Feios
Talvez seja mais o dom sem defeito,
Mas vezes há que não roça a virtude...
Porém de qualquer voz que não exsude
Mais será grito, se presa no peito!
Deixá-la à fuga, desta amplitude,
Talvez enxergue o seu eco imperfeito...
Se fechada em espaço, o seu conceito
Será punhal sem ponta ou atitude.
Assim, nem que ela nasça poema feio
De porte torto, cru, sem remedeio.
Um filho não se afoga! Não se mata!
Há-de vingar por si, ao sol, sem beira,
Há-de cruzar o olhar, de quem o queira
Sentir e afagar de alma grata!
07-01-2025
AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 07/02/2025
Alterado em 07/02/2025
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.