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METADE DE MEIO



vejo estes lampos desobrigados
a entrar sem bater às portas ausentes
e a espalhar alegorias pelo hangar
chegam de onde nem sequer sei
sequer provar que são provas

só o pélago, encantador das mãos,
sabe dissolver o manã decantado
e escorre rebeldia pelos dedos
no tempo certo dumas asas
esbanjadas pela pista de vento

entre chegadas e partidas
sou quem chega
sou quem parte
e apenas fico pelo que sobra...
metade de meio
que o outro meio já se foi

chegará o tempo
de fechar viagens
com lacre de não voltar atrás
inteiro



29-11-2024


AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 29/11/2024
Alterado em 30/11/2024
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