FURIBUNDO OU A ESTRANHA FORMA DE SER
quanto mais subo, mais desço
e já não basta morder a besta
que morde
ou cravar-lhe as unhas de refúgio
e aguentar firme
a extensa fúria de sentir
já não basta rimar o átomo
com as letrinhas do genoma
quero mais, sempre mais
mesmo quando os versos se conjugam
são parcos detalhes da vontade
deste que sou
tão pequeno grande
diante do maior que me é pequeno
estou no princípio, no meio, ou no fim?
ou nem estou quando me chega a luz?
06-11-2024
AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 06/11/2024
Alterado em 06/11/2024
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