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CON(TRA)DIÇÕES


Não ouses infringir a voz que sente
Nem a mão que é lente dessa luz
É da alma aquilo que seduz
E é do peito a força transcendente

Se a urgir, mesmo trémulos, é dos
Dedos toda a lonjura proeminente
Do começo ao fim do som latente
A cuspir letra a letra quem conduz

Se é mentira a verdade que lhes dizem
Ou verdade a mentira que batizem
É dos deuses  o tempo desse filho

E se olhos que sentem o contradizem
Mais os músculos mexem e desdizem
Não me cabe ser poeta sem sarilho...



21-08-2024


AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 21/08/2024
Alterado em 21/08/2024
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