RE(VIRA)VOLTA
provei o fel de um doce endurecido
caramelo assombroso de lâminas
acre à boca despolarizada
criador das (fun)duras mágoas
sem astrolábio
perdi a noção das escarpas
fosse mergulho
fosse um só salto
(es)calei as águas turvas
e se cada palavra foi dente
rasguei o mar com os dentes todos
Moisés de um mar branco
aberto em su(l)co aliforme
quebrei os espaços entre comas
e por fim
deixei que a voz falasse
apenas e só
de mim
09-07-2024
AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 09/07/2024
Alterado em 10/07/2024
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