NUNCA É DEMAIS
envio-te ao infinito de mim para colheres as palavras as que não te digo apenas porque prefiro que as sintas mais do que as ouvires da minha boca ou as leres no prenúncio de te olhar eu sei que é estapafúrdio este mundo mas tens sempre as barras laterais é nelas que hei-de segurar-te sempre e se por vezes for difícil respirar podes sempre colher o ar nos meus lábios e se for frio, encosta-te ao meu peito há por ali um fogo constante com chamas de asas quentes a voar e se tiveres fome, fome de tudo despe-me até sentires a carne e o que não é e devora-me lentamente, sem pressa para que eu possa saborear as tuas bocas come-me tudo, até as migalhas que sobrarem mais do que me esvaziar em ti quero que te preenchas de mim nunca me sinto vazio de ser comido que assim sou mais e mais mais carne, mais alma mais tudo nesse infinito 02-05-2024
AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 02/05/2024
Alterado em 12/05/2024 Copyright © 2024. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |