TRISTES BANDEIREIROS
Aí estão os pavões, quais bazulaques De penas eriçadas, sem coroa, Munidos de um poder que lhes destoa E dos compadres que lustram os fraques... É ver-lhes a soberba - luz à proa! Ganância por trás lhes cobre os achaques, Enquanto, os tolos, seguem como claques, Batendo as palmas por côdeas de broa! Tristes os cegos que vão na cantiga, Da escória podre, da cheia barriga Que leva, do povo, o pão do trabalho! Pior que os inchados, nos altos poleiros, São os burros com palas; Bandeireiros! A agitar os rabinhos prò vergalho! 26-03-2024
AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 26/03/2024
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