LOUCURAS DE UM AMOR
Hoje acordei de cabeça por baixo do alto das tábuas
Tão fresco que os sovacos sorriam dos desejos Ao esgar da janela de rosas fugidos triângulos Em tons de arroz em banho-maria estrábico norte Lá fora macacos de beiços azuis espantados de sais Brincam nas nuvens de pedra solteiras de pão Sedentas de chá de lanternas ao alto pintadas E no céu os lambrins pairam pianos hipotéticos sós Imponente o sol vende raios de bicicletas paradas É luz de candeias anãs a mascar chiclete fugaz E em terras do baixo plano quente superior enjeitado Marcha um rio quadrado de sonhos cabeludos E de fronte das bentas oblíquas de tenras maçãs Um jardim de sanfonas indigo e lantejoulas martelo É um éden canelado de sonhos garrafais, vitral Canário de amores pindéricos em vultos trifásicos E tu aqui ao meu lado de costas p'rá frente de trás És rua descalça de arvoredos peludos e sons deitados Que ouso dizer-te formas redondas subtis ases do nu E assim demonstrar sentimentos marados de algas sem ar Amo-te com todas as cascas faladas em áureas ruelas Tanto que me assoma o cortejo azul de caixa estival Em investidas de pica-paus de bicos de rodas macias Que tilintam em marcas cruentas, em amor que te cai! Amo-te em estados de infinita e dilecta loucura Que nem eu próprio entendo e alguma vez entenderei 19-03-2024
AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 19/03/2024
Alterado em 14/05/2024 Copyright © 2024. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |